quarta-feira, 16 de julho de 2014

Bob Esponja Calça Quadrada!

"Vocês estão prontas crianças?

Estamos capitão!

Eu não ouvi direito...

Estamos capitão!

OHHHHHHHH...... "


Olá pessoas! Bom, nós já tivemos uma postagem aqui no blog sobre o uso de animações para o estudo dos invertebrados, e que citava um dos meus desenhos preferidos: Bob Esponja Calça Quadrada! Nesse post eu vou falar um pouco mais sobre o desenho e especificamente sobre um episódio que usei com duas turmas no Paulo Freire, em maio de 2014.

O tema era poríferos, e logo pensei em Bob Esponja, mas não sabia que episódio usaria, foi então que, pesquisando, encontrei “Chá em terra firme”, da primeira temporada. Na hora vi que seria um ótimo episódio para se trabalhar, mas não imaginei que seria tanto!

O episódio trata do dia em que Bob Esponja conhece Sandy, que é um esquilo fêmea. Sandy o convida para tomar chá em sua casa, mas a casa de Sandy é uma cúpula cheia de ar, e ela menciona o ar para Bob Esponja, o qual, sem saber o que é, diz que “ama o ar”. Assim, ao entrar na casa de Sandy, cheia de ar, Bob Esponja começa a se sentir mal, e então começa a ressecar, tanto que até mesmo quebra algumas partes do corpo. Então, Patrick entra para ajudar o amigo e os dois secam juntos até desmaiarem. Daí então Sandy coloca um globo com água na cabeça de cada um e eles seguem com o chá. Abaixo o link para um trecho do episódio.


Usamos esse episódio em duas aulas e foi excelente! Bob Esponja é um desenho que cativa pessoas de todas as idades, de crianças até adultos. Os alunos gostaram muito! Então apresentei um Prezi falando sobre os poríferos, na primeira turma fizemos referência ao episódio, mas na segunda turma foi bem melhor! Acho que cada vez que usamos um recurso audiovisual em uma aula descobrimos novas maneiras de trabalhá-lo. Então, na segunda aula chamamos atenção ao que estava acontecendo com o Bob Esponja quando ele entrou na cúpula de ar, e após a explicação sobre o porquê das esponjas marinhas precisarem de água, foi perguntado aos alunos por que o Bob Esponja estava secando, ou morrendo. Então eles usaram os conceitos para darem suas explicações.




Algo que também foi trabalhado com o episódio só na segunda turma foi a reprodução das esponjas. Após falar sobre os tipos de reprodução, principalmente a assexuada, foi perguntado aos alunos se eles notaram a parte do vídeo em que o Bob Esponja “se reproduziu”. E então eles identificaram corretamente a parte do vídeo em que um de seus dedos quebra e cai, e que aquilo poderia gerar uma nova esponja. Também consideramos a capacidade de regeneração das esponjas, quando foi salientado que o Bob Esponja perdeu o dedo e logo depois apareceu com todos os dedos completos. Foi muito bacana notar como os alunos se envolviam e procuravam buscar no vídeo as respostas às nossas perguntas!

É claro que, a certa altura os alunos, por si só, perceberam diferenças entre o desenho e a realidade. Quando, já no final, foram colocadas as imagens de três esponjas (marinha, esponja vegetal e esponja sintética) e solicitado que eles dissessem a qual o Bob Esponja se assemelhava mais, a maioria disse a sintética. Então surgiu uma boa discussão a respeito das semelhanças e diferenças entre o Bob Esponja e uma esponja marinha, como por exemplo, o fato das esponjas marinhas serem sésseis e o Bob Esponja andar (que uma aluna apontou). Saber sobre a animação também ajudou, pois nesse momento pude frisar que o desenho foi criado por um biólogo marinho, Stephen Hillenburg, que com certeza sabe como são as esponjas. Mas o objetivo do desenho não é ser cientificamente correto, e sim nos trazer uma visão diferente de nós humanos, nesse caso, como seres marinhos (e esquilos!). Como nos disse uma professora, as animações não são sobre animais, mas sobre gente.




Conclusão, ótima escolha de episódio, ótima aula! Sem contar que na mesma aula (dois horários, como normalmente se tem nas escolas públicas para biologia) ainda falamos sobre cnidários, com apresentação de um trecho de “Procurando Nemo”, ou seja, uma aula totalmente viável para se trabalhar no turno normal. Professores, fica a dica! ;)