sexta-feira, 18 de junho de 2010

A ILHA- Filme








O Filme A Ilha é uma ótima oportunidade de discutir sobre questões científicas, éticas, culturais e religiosas ligadas à clonagem humana já que o debate sobre a engenharia genética ganhou mais espaço a partir do nascimento, em 1996, de Dolly, o primeiro mamífero clonado. A ovelha morreu em fevereiro de 2003, mas as pesquisas e controvérsias em torno da clonagem estão apenas começando.O longa-metragem se passa em torno do personagem Lincoln que sonha em ser escolhido para ir para "A Ilha" – dita o único lugar descontaminado no planeta. Mas Lincoln logo descobre que tudo sobre sua existência é uma mentira. Ele e todos os outros habitantes do complexo são na verdade clones cujo único propósito é fornecer “partes sobressalentes” para seus humanos originais. Entendendo-se o conhecimento científico como
uma das fontes e formas de interpretar a realidade, o filme propicia aos alunos um diálogo
entre diferentes formas de conhecimento, fazendo uma ponte entre ficção e realidade, fortalecendo a sala de aula como espaço de discussão e reflexão,entre elas:Quais valores são possíveis de perceber nos clones? Que fatores éticos o filme aborda?Como me posiciono sobre o transplante de órgãos a partir de clones, como retrata o filme?Que conceitos genética e de biotecnologia posso abordar?
.Enfim, '' A Ilha'' é um excelente recurso didático onde podemos debater diversas questões não apenas biológicas,mas também éticas acerca de uma assunto tão polêmico.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

C.E.M. 414 de Samambaia



Estamos terminando os trabalhos na Samambaia. Durante o semestre abordamos os assuntos de Meio Ambiente, Evolução e Genética de uma maneira mais diferente, descontraída e divertida utilizando música, filmes e quadrinhos.

No primeiro ciclo, Meio Ambiente, utilizamos o filme ‘’Os sem floresta’’, alguns quadrinhos e charges falando sobre o desmatamento e a invasão do homem no ambiente natural. No final do ciclo os alunos também fizeram quadrinhos e charges falando sobre o conteúdo visto.

No segundo ciclo, Evolução, trabalhamos com o filme X-men falando sobre a evolução das espécies dando foco no ser humano. Fizemos um jogo dos erros com o filme 10000 AC mostrando os erros históricos e evolutivos do filme e no final os alunos produziram um jornal que colocamos no mural em exposição.

No terceiro ciclo, Genética, vimos o filme Gattaca e o discutimos. Estamos no final desse ciclo e nessa ultima aula antes do encerramento (onde estarão expostos todos os trabalhos) os alunos trabalharão com a música ‘’Malditos cromossomos” da Pitty e em seqüência farão uma música que fale sobre genética.



Os alunos estão gostando muito pois estão se divertindo enquanto aprendem, quebrando um pouco essa rotina de quadro e giz. E o melhor disso é que além de ensinar nós também aprendemos.
Pedro Henrique

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Música e (é) matemática!





O vídeo acima vai levar todos os que se deixam tocar pela música e pela ciência em estado de encantamento. Trata-se de uma demonstração feita por Bobby McFerrin, cantor e compositor britânico radicado nos EUA, sobre a escala pentatônica, num debate entre ele e três neurocientistas, realizado no World Science Festival.

Meus estudos de música já aconteceram há muitos anos, e tive que buscar informações para me lembrar do que eram as escalas pentatônicas. Para quem quiser saber mais e melhor sobre elas, sugiro o link da wikipédia em inglês. Ele é mais completo do que o verbete em português que, entretanto, dá uma idéia bastante boa do que se trata. Basicamente, as escalas pentatônicas (que McFerrin não explica, mas demonstra, em sua apresentação) são escalas formadas por cinco notas ou tons musicais, muito usadas na música folclórica e popular de diversos países, no rock e no jazz. A razão de seu sucesso é o fato de serem tão intuitivas, como nos mostra McFerrin de maneira encantadora e simples. Ele começa a demonstração ensinando duas notas para o público e quando percebe que todos repetem o que foi solicitado, sem hesitação, propõe um teste, que revela que, já sabendo o que fazer, os cérebros das pessoas do público foram capazes de antecipar o som da terceira nota, que ele não canta. Em seguida, McFerrin vai tornando a melodia mais complexa, por meio do mesmo método, produzindo um irrefreável encantamento em quem assiste.

McFerrin quer mostrar que parece que existem, em nosso cérebro, mecanismos inatos que produzem expectativas a respeito de coisas que ainda não vimos (ou escutamos). Encontrei outro post muito interessante sobre o assunto no blog de divulgação científica Ciência na Mídia, no qual a autora, Tatiana Nahas, uma neurocientista, compara as expectativas auditivas às clássicas expectativas visuais.

A apresentação pode ser usada em aulas de matemática (para falar das escalas pentatônicas e de Pitágoras, a quem elas são atribuídas) e neurociências. O professor de música , sem dúvida, ficaria feliz de participar do projeto. Mas pode, mais do que tudo, ser usada para provocar o mesmo encantamento que senti em todas as cento e cinquenta vezes em que o assisti.