terça-feira, 13 de julho de 2010

Atividades Ambientais

Olá galera do blog,

estamos devendo um post aqui sobre as atividades que estão sendo desenvolvidas no Paulo Freire...
Bom, no período da manhã, onde estamos trabalhando quinzenalmente com os alunos, já fizemos uma série de atividades diferentes desde o início do ano!
Começamos a trabalhar o meio ambiente, concentrando nossos esforços em um assunto de grande importância para todos nós: lixo!

O filme(/documentário)Ilha das Flores foi a primeira mídia utilizada... Como ele dura aproximadamente 10 minutos, após o filme os alunos responderam a algumas perguntas, como "Quem são os responsáveis pelos problemas sócio-ambientais apresentados na Ilha das Flores?" e "O que poderia ser feito para se acabar com esse problema?". A maioria gostou do filme (pelo menos foi isso o que escreveram!). Pedimos aos alunos que elaborassem uma paródia musical tratando do assunto abordado no filme e apresentassem na aula seguinte, onde também trabalhamos a música "Comida" (Titãs), relacionando a situação vivenciada pelos habitantes da Ilha das Flores com as necessidades fundamentais dos seres humanos, o que gerou um debate interessante nas turmas (em algumas foi bem mais interessante que em outras, como já podemos prever a partir das nossas experiências em sala!!!).
Na terceira aula após o filme, aproveitamos o desastre ambiental/social acontecido no estado do Rio de Janeiro e fizemos uma discussão relacionando esse problema com os assuntos trabalhados em sala!
No segundo bimestre passamos o filme Wall-E para os alunos, que fala por si só a respeito do que nós podemos fazer com o nosso planeta. Novamente fizemos uma discussão, mais aprofundada que a primeira, sobre o que o filme pode nos ensinar sobre meio ambiente e, no mesmo dia, mandamos uma atividade de pesquisa para casa. O aluno deveria responder como é feita a coleta de lixo em sua cidade, se há separação de lixo, qual o destino dos materiais coletados, qual é o custo para o governo e qual a produção diária de lixo por habitante.
Nas aulas seguinte trabalhamos com as informações pesquisadas pelos alunos e pudemos ter uma noção mais clara da compreensão prática deles sobre esse assunto. Em algumas turmas foi falado sobre formas de armazenagem de lixo (aterro sanitário, controlado e lixão) e seus efeitos para o meio ambiente, e no final do semestre fizemos uma roda para avaliarmos a real importância do lixo para nós. Perguntamos também se os alunos haviam feito alguma mudança em suas práticas relacionadas ao lixo e aproveitamos para coletar ideias para o próximo semestre.
Resumidamente, foi isso o que aconteceu na parte da manhã!!!

Grande abraço,
Gabriel

sábado, 3 de julho de 2010

A Corrente do Bem

O filme A Corrente do Bem nos conta sobre um menino da sétima série que transforma um trabalho de estudos sociais em um projeto que mudaria a vida de muitas pessoas. Ele acredita que é possível melhorar o mundo a partir da ação voluntária de cada um. Trevor, o protagonista, cria a corrente do bem que é baseada em três premissas: fazer por alguém algo que este não pode fazer por si mesmo; fazer isso para três pessoas; e cada pessoa ajudada fazer isso por outras três. Assim, a corrente cresceria em progressão geométrica: de três para nove, daí para 27 e assim sucessivamente.
O que tem a ver esse filme com biologia? Como o nosso tema, no CEMAB, era meio ambiente e estávamos programando uma visita à cooperativa de reciclagem, decidimos passar o filme como demonstração aos alunos de que pequenos atos podem ter como conseqüência grandes transformações.
Após o filme discutimos com os alunos quais “grandes favores” poderíamos fazer para o mundo, começando com pequenas mudanças em nossos hábitos diários, focando o meio ambiente, como consumir menos, trocar copos descartáveis por reutilizáveis, separar o lixo residencial, fazer o descarte de lixo corretamente entre outras idéias.
Na semana seguinte, levamos os alunos a cooperativa 100 Dimensão onde eles conheceram todo o processo de separação feito com papel, plástico, vidro, outros materiais, o destino do material, as pessoas que trabalham com isso, sua rotina, os projetos sociais, e propomos o inicio da coleta seletiva na escola, separando material seco como papel e garrafas pet de outros tipos. Os alunos adoraram a idéia, mas ainda não começamos devido ao recesso, pretendemos iniciar a coleta logo que as aulas retornarem.
Em avaliação sobre o que eles acharam da atividade, os comentários foram positivos como “Gostei muito do passeio para a cooperativa. Foi uma forma divertida de aprender um pouco mais sobre reciclagem” e “Eu aprendi cuidar do meio ambiente quando fizemos uma excursão ao 100 Dimensão, pois eles ensinaram o valor que o lixo tem na vida das pessoas”.

Sorte grande!



Desde o início dos trabalhos com Embriologia, nós do Guará, gostaríamos de poder levar nossos alunos ao cinema. Mas para isso, seria necessário que houvesse algum filme em cartaz relacionado ao tema do curso. Como de início não havia nenhum, seguimos em frente com o conteúdo utilizando diversos filmes e outras mídias no ambiente de sala de aula mesmo. Foi então que lá pela 10ª aula ficamos sabendo sobre um filme que iria estrear em junho de 2010 chamado "Plano B". O filme conta a história de uma mulher, Zoe, que decide fazer uma inseminação artificial pois, apesar de não ter encontrado "o cara ideal", queria muito ser mãe. "Se apaixonar*. Casar. Ter um filho. *Não necessariamente nessa ordem" resume o enredo do filme, pois logo após ter feito a inseminação artificial, Zoe conhece Stan e se apaixona por ele.

Digo que tiramos a sorte grande porque, somente após muitas discussões sobre gravidez e assuntos correlacionados, o filme foi lançado, e então na nossa 13ª aula, no dia 24/06, é que fomos ao cinema. Desta maneira, o filme serviu para revisar e fixar alguns dos conteúdos que já tínhamos trabalhado em sala de aula, como gametogênese, fecundação, anexos embrionários, gravidez gemelar, tipos de parto (normal e na água - sobre os quais já tínhamos mostrado vídeos na aula de partos, inclusive no filme "Ligeiramente Grávidos") e principalmente sobre as alterações hormonais, físicas, psicológicas e as responsabilidades que uma gravidez e consequentemente os filhos trazem para a vida dos pais (assunto que trabalhamos com o filme "Nove Meses").

A experiência deu muito certo, pois aproximadamente vinte e quatro alunos puderam comparecer, o que representa a maioria dos que continuaram no curso. O gênero do filme também ajudou muito, pois, por ele ser muito engraçado, os alunos se identificaram. Eles se divertiram e aproveitaram o passeio, tanto no sentido lúdico quanto para aprimorar o aprendizado, e isso nos deu uma grande satisfação! Com certeza iremos repetir em outras oportunidades!

Crescimento e amadurecimento




Quem, entre aqueles que liam e gostavam dos gibis da Turma da Mônica, como eu, não pensaram: "Como seria legal ler uma história com todos mais velhos" ou "Quantas vezes a Mônica vai comemorar seu aniversário de 7 anos"? Em 2008 a Editora Maurício de Sousa lançou a Turma da Mônica Jovem, que atende aos sonhos de todos os fãs da Turminha. Essa nova proposta traz histórias adaptadas ao estilo mangá - que visivelmente agrada mais essa nova geração de crianças, adolescentes e jovens - portanto utiliza uma linguagem, tanto visual quanto escrita, bastante diferente do que os leitores estavam acostumados. É realmente uma proposta ousada e inovadora! Além disso, é muito interessante ver como o desenho das personagens mudou sem perder algumas características individuais que nos encanta em cada uma e ajuda a identificá-las.

Esse novo estilo pode ser aproveitado pelos professores de Biologia que querem trabalhar com alterações hormonais antes e durante a adolescência. A primeira edição da série destaca no seu início todas as mudanças psicológicas e físicas que ocorreram com a Mônica, o Cascão, a Magali e o "Cebola" (não mais Cebolinha!!). No Guará, utilizamos a história "Onze coisas que as garotas amam!!", que em seu enredo tem uma parte em que a mãe da Mônica explica sobre o que são os hormônios e as consequências de sua atuação no corpo das adolescentes. Então, fizemos a leitura dessa história com os alunos, pedindo voluntários para ler as falas de uma personagem específica, introduzindo assim o assunto de hormônios e ciclo menstrual que tratamos depois em uma aula expositiva.



Foi a primeira vez que usamos uma história em quadrinhos no Guará, o que provocou agitação entre os alunos, que além de se interessarem pelo conteúdo, ainda gostaram de ver o que aconteceu com a nossa tão querida Turminha.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

A ILHA- Filme








O Filme A Ilha é uma ótima oportunidade de discutir sobre questões científicas, éticas, culturais e religiosas ligadas à clonagem humana já que o debate sobre a engenharia genética ganhou mais espaço a partir do nascimento, em 1996, de Dolly, o primeiro mamífero clonado. A ovelha morreu em fevereiro de 2003, mas as pesquisas e controvérsias em torno da clonagem estão apenas começando.O longa-metragem se passa em torno do personagem Lincoln que sonha em ser escolhido para ir para "A Ilha" – dita o único lugar descontaminado no planeta. Mas Lincoln logo descobre que tudo sobre sua existência é uma mentira. Ele e todos os outros habitantes do complexo são na verdade clones cujo único propósito é fornecer “partes sobressalentes” para seus humanos originais. Entendendo-se o conhecimento científico como
uma das fontes e formas de interpretar a realidade, o filme propicia aos alunos um diálogo
entre diferentes formas de conhecimento, fazendo uma ponte entre ficção e realidade, fortalecendo a sala de aula como espaço de discussão e reflexão,entre elas:Quais valores são possíveis de perceber nos clones? Que fatores éticos o filme aborda?Como me posiciono sobre o transplante de órgãos a partir de clones, como retrata o filme?Que conceitos genética e de biotecnologia posso abordar?
.Enfim, '' A Ilha'' é um excelente recurso didático onde podemos debater diversas questões não apenas biológicas,mas também éticas acerca de uma assunto tão polêmico.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

C.E.M. 414 de Samambaia



Estamos terminando os trabalhos na Samambaia. Durante o semestre abordamos os assuntos de Meio Ambiente, Evolução e Genética de uma maneira mais diferente, descontraída e divertida utilizando música, filmes e quadrinhos.

No primeiro ciclo, Meio Ambiente, utilizamos o filme ‘’Os sem floresta’’, alguns quadrinhos e charges falando sobre o desmatamento e a invasão do homem no ambiente natural. No final do ciclo os alunos também fizeram quadrinhos e charges falando sobre o conteúdo visto.

No segundo ciclo, Evolução, trabalhamos com o filme X-men falando sobre a evolução das espécies dando foco no ser humano. Fizemos um jogo dos erros com o filme 10000 AC mostrando os erros históricos e evolutivos do filme e no final os alunos produziram um jornal que colocamos no mural em exposição.

No terceiro ciclo, Genética, vimos o filme Gattaca e o discutimos. Estamos no final desse ciclo e nessa ultima aula antes do encerramento (onde estarão expostos todos os trabalhos) os alunos trabalharão com a música ‘’Malditos cromossomos” da Pitty e em seqüência farão uma música que fale sobre genética.



Os alunos estão gostando muito pois estão se divertindo enquanto aprendem, quebrando um pouco essa rotina de quadro e giz. E o melhor disso é que além de ensinar nós também aprendemos.
Pedro Henrique

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Música e (é) matemática!





O vídeo acima vai levar todos os que se deixam tocar pela música e pela ciência em estado de encantamento. Trata-se de uma demonstração feita por Bobby McFerrin, cantor e compositor britânico radicado nos EUA, sobre a escala pentatônica, num debate entre ele e três neurocientistas, realizado no World Science Festival.

Meus estudos de música já aconteceram há muitos anos, e tive que buscar informações para me lembrar do que eram as escalas pentatônicas. Para quem quiser saber mais e melhor sobre elas, sugiro o link da wikipédia em inglês. Ele é mais completo do que o verbete em português que, entretanto, dá uma idéia bastante boa do que se trata. Basicamente, as escalas pentatônicas (que McFerrin não explica, mas demonstra, em sua apresentação) são escalas formadas por cinco notas ou tons musicais, muito usadas na música folclórica e popular de diversos países, no rock e no jazz. A razão de seu sucesso é o fato de serem tão intuitivas, como nos mostra McFerrin de maneira encantadora e simples. Ele começa a demonstração ensinando duas notas para o público e quando percebe que todos repetem o que foi solicitado, sem hesitação, propõe um teste, que revela que, já sabendo o que fazer, os cérebros das pessoas do público foram capazes de antecipar o som da terceira nota, que ele não canta. Em seguida, McFerrin vai tornando a melodia mais complexa, por meio do mesmo método, produzindo um irrefreável encantamento em quem assiste.

McFerrin quer mostrar que parece que existem, em nosso cérebro, mecanismos inatos que produzem expectativas a respeito de coisas que ainda não vimos (ou escutamos). Encontrei outro post muito interessante sobre o assunto no blog de divulgação científica Ciência na Mídia, no qual a autora, Tatiana Nahas, uma neurocientista, compara as expectativas auditivas às clássicas expectativas visuais.

A apresentação pode ser usada em aulas de matemática (para falar das escalas pentatônicas e de Pitágoras, a quem elas são atribuídas) e neurociências. O professor de música , sem dúvida, ficaria feliz de participar do projeto. Mas pode, mais do que tudo, ser usada para provocar o mesmo encantamento que senti em todas as cento e cinquenta vezes em que o assisti.